Sunday, August 23, 2009

Sempre me pareceu uma terra muito distante. Montes, atrás dos montes, um céu sem fim. Pontes sobre nada. Mais perto do céu, mais perto do sol, sob um calor tórrido, onde encontrei um cantinho para te deixar. Foi ali que consegui esconder toda a vergonha, de tudo o que fiz de feio. Ali, atrás dos montes, duvido que alguém dê com a minha mágoa, com tudo o que lá deixei. Duvido também que volte a encontrar-te. Os montes são muitos. E altos. E quentes. E o caminho que leva até lá, é árduo, e difícil de seguir. Duvido também que voltes a achar-me a mim. Ali, vi o mesmo céu de que me falaste em tempos. Vi estrelas cair de um céu estrelado, inédito na minha memória. Pedi-lhes felicidade, amor e Paz para o mundo inteiro. Mesmo para aquele mundo onde as labaredas assaltavam, dias antes, casas e terrenos. Ali deixei todo o meu peso. Todo o meu fardo. E hoje sinto-me mais leve por não o carregar mais. Duvido que encontres escondido, atrás de atrás dos montes, o que um dia foste para mim, e que consigas traze-lo de volta. Tudo ficou abafado pelo calor, queimado pelo sol, seco. Ali, encontrei paz. Calor. E luz. Ceguei de tanta claridade. A pele queimou.
E por isto tudo, por me sentir livre, leve e bem, posso dizer com o coração cheio….ahhh….como eu te amo ainda. E como irei amar-te sempre.

Sempre.

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